Este silêncio profundo em mim
Que roubou o
meu não e o meu sim...
Não faz
muito tempo, mas parece eterno...
Mão da incerteza que cobriu as flores e colheu o inverno!
Este
silêncio que se tornou o meu amigo
Mesmo
fugindo ele me atinge e dorme comigo...
Só se rompe
com o pingo teimoso da chuva que cai...
Ouço esta
repetição e sonho que no azul do nada a vida se esvai!
Este
silêncio que fez um ninho no meu coração
Sufocou as
vozes e a simetria da minha linda canção...
Matou o
passado com um punhal que atravessou o meu eu...
A minha voz ficou
presa na garganta calando um segredo tão meu...
Este
silêncio forçado fica querendo gritar
Coisas que o
mundo de fora jamais pode escutar...
O mistério
protegido e trancado na arca da saudade...
Está
guardado nas minhas entranhas e só eu tenho a chave!
Este
silêncio laçou os meus braços com firmeza
Porém de que
adianta se dentro de mim vive a certeza?
O espelho
não me deixa esquecer o que eu não posso dizer...
Neste tempo de marasmo eu presencio um eterno anoitecer!
Este
silêncio que não ostenta o que há dentro de mim
Flores ocultas
na neve; sempre vivas no frio do meu jardim...
No meu
semblante o fingimento de que há uma tranquilidade...
Ignoram que detrás
das janelas dos meus olhos jaz outra verdade!
Janete Sales Dany
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Poesia protegida
O trabalho Escondo um segredo tão meu... de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.